MULHERES CLAUDINAS
(Cláudia-MT, Outubro de 2009)
Ai de ti, Cláudia, sem tuas estátuas meninas,
Sem tuas figuras de mulheres perdidas.
Tão altas delgadas vivas monumentais...
Tão lindas, postas e plantadas.
Fulguradas, reluzentes, se, contra teus corpos, o sol se põe.
Fantasma de cristal, se a lua cheia brota de um de teus seios, encantando Iaras.
Espectros lindos...
Mulheres verdes...
Seus corpos esculpidamente retos se retorcem em cabelos cheios e redondos.
E seus rostos...
Seus rostos são invejáveis figuras de todas as mulheres, de todos os tempos.
Deixa seus esvoaçados cabelos verdes se ouriçarem contra o vento, eles sempre serão teus...
Tua longa vida deixa, a tua volta, sementes duras e ternas, iguais as minhas.
Tuas vidas, bela Rainha, são bolas marrons de um peso só.
Feliz de mim, se em minha velhice, meu semblante opaco e cinza, possuir teu pleno vigor senil,
montado em teu cheiro de mata fresca, que tudo vê, tudo engole e tudo cala.
Que se cale em pânico, mata inteira,
para se ouvir falar: a Majestade Castanheira.
(Marcelina)
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