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terça-feira, 6 de julho de 2010

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Cadê você, que esfumaçou-se...
Que fugiu sem fim, vencendo assim a covardia.
Cadê você, que de tanto em mim, já não me tenho.

Cadê você, que de gente de carne, é hoje marmórea saudade,
Cadê você, que mostrou-me os astros, me fez colorir as letras da semana (cada qual com a sua cor exata...),
Que se apoderou de mim, tal qual mão ruidosa apoderando-se de armas pesadas

Cadê você, que destituiu poesias, desconstruindo ilusões perenes.
(Você levou os cubos de vidro sobre os quais eu caminhava nas minhas luas e chuvas particulares,) _ [ Você é um sacana puto!!!!!!!!!!!!!!!!!! ]
Você, que não tem coração alado, me jogou no fosso mais fundo, de um jeito profundo e pardo, deitada em teu nada encanado,

Refugiei-me para sempre, na alma fria, vazia e nua da melancolia perdida e vadia.

(Marcelina)