"Aqui, junto à poesia somos todos cúmplices. Todos nós podemos tudo, todos nós somos tudo, dentro deste nada caótico de ser gente..." (M.O)
segunda-feira, 28 de junho de 2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Socorro
Se eu pudesse estar em dois mundos
Se eu pudesse ser duas pessoas
Se eu pudesse falar mandarim...
Eu existo em dois mundos
Eu sou tantas caras, fétidas máscaras
Eu entendo tua fala
Não me jogue fora, me tenha
Me dê o presente preso em acústicos laços vermelhos
Escute o estranho coração, que não sabe envelhecer o que trucida a alma e queima o estômago.
Me ensine a engrossar mingau de aveia...
(Marcelina)
Se eu pudesse ser duas pessoas
Se eu pudesse falar mandarim...
Eu existo em dois mundos
Eu sou tantas caras, fétidas máscaras
Eu entendo tua fala
Não me jogue fora, me tenha
Me dê o presente preso em acústicos laços vermelhos
Escute o estranho coração, que não sabe envelhecer o que trucida a alma e queima o estômago.
Me ensine a engrossar mingau de aveia...
(Marcelina)
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Morte
Do certo incerto modo,
Amar, mata.
Fez-se claro...
Amar não é vida, é morte
A morte cristaliza as coisas
E amor é cristal em cortes.
Cristalizar- se é estatuar a vida
Não respirar... Não falar... Não andar...
Quem ama é estátua,
Estátua sofre...
Em branca pele não respira,
Imóvel, não enxerga o amor que passa em cofres
Eu sou estátua
Todas as indiferenças foram cravadas em meus braços,
(Sou estátua, rígida, pesada, meu amor passa por mim mas nem existo)
Sou lixo, sou nada,
Sou o frio em pedaços.
(Marcelina)
Amar, mata.
Fez-se claro...
Amar não é vida, é morte
A morte cristaliza as coisas
E amor é cristal em cortes.
Cristalizar- se é estatuar a vida
Não respirar... Não falar... Não andar...
Quem ama é estátua,
Estátua sofre...
Em branca pele não respira,
Imóvel, não enxerga o amor que passa em cofres
Eu sou estátua
Todas as indiferenças foram cravadas em meus braços,
(Sou estátua, rígida, pesada, meu amor passa por mim mas nem existo)
Sou lixo, sou nada,
Sou o frio em pedaços.
(Marcelina)
terça-feira, 22 de junho de 2010
Texto Quadrado
Hoje nada mais serve. Nem confiança, nem vento, ninguém, nada... Eu dei os nós. Me amarrei nos espelhos e fiquei a perseguir. Enxerguei todas as esperas e elas me serviram de guia em meus tortuosos caminhos. Escutei ao longe, alguém me chamando, aquele era o sinal correto para o caminho. O caminho estava encoberto pela fumaça, mas o cheiro do alecrim seco queimando, me sequestrou de mim mesma. Era apenas um aquário lacrado, coberto pelo perfume real do Olimpo. Agora já é tarde para voltar. Tarde para olhar para trás. Tarde para todos que seguiram e se perderam no caminho normal. Sabemos o caminho de volta. Aprendemos o peso do passo do caminho certo. Ficamos sós. Apenas serão salvas, as pegadas de quem seguiu para o lugar mais longe. Para o nosso caminho. A cumplicidade se fez e nos derrotou. Agora você já sabe os meus segredos. Eu me rendo. Ainda posso voar. Minhas asas quebradas me quedam e me levam. Me vão.
(Marcelina)
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Teoria
(Para Jucilena Travassos)
Aos 40 a mulher eclode.
Separando-se em inúmeros bons pedaços.
São pequenas carnes pulantes, que invadem ruas, cidades, noites, países, mundos
Devoram meninos bonitos e tomam café com chantilly as 3 da tarde, enquanto os velhos morrem...
Naturalmente abandonam suas casas, seus maridos, seus filhos, seus cachorros, suas plantas...
Saem volitando sem rumo pelas ruas amarelas.
Tornam-se gigantes transparentes
Muito maiores que seus vazios repletos de cores
São lindas, firmes, serenamente perversas
Tem o olhar fixo, abrangente e dissimulado de todas as idades perdidas nas sombras
São naturalmente perigosas,
queimam ao toque,
são as meninas tristes do sol
que nuas invadem o mundo com as mãos postas.
Só elas sabem entender no escuro...
(Marcelina)
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