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segunda-feira, 1 de março de 2010

Lua Crescente


Lua prata que de tão grande
nem mais branca é.
Perdeu a cor de medo, pensando em que sua luz me ofusca.
Sob meu pensamento morto, pensado, cansado,
ainda não se sabe se é noite ou dia.

Esse pôr de lua estático
por si me basta, me toca, me leva, me basta, me arranca, me acampa, me envolve.
Sou toda lua. Te olho me vejo.

Lua enorme, dominada em céu cinza reluzente.
Dona.
Toda.
Teu teto é o que me basta, me toma, me bebe, me devora.

Lua mãe, Lua nova, lua eterna, lua imensa.
O meu beber um dia será tua sombra.

(Marcelina)

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