Cadê você, que esfumaçou-se...
Que fugiu sem fim, vencendo assim a covardia.
Cadê você, que de tanto em mim, já não me tenho.
Cadê você, que de gente de carne, é hoje marmórea saudade,
Cadê você, que mostrou-me os astros, me fez colorir as letras da semana (cada qual com a sua cor exata...),
Que se apoderou de mim, tal qual mão ruidosa apoderando-se de armas pesadas
Cadê você, que destituiu poesias, desconstruindo ilusões perenes.
(Você levou os cubos de vidro sobre os quais eu caminhava nas minhas luas e chuvas particulares,) _
[ Você é um sacana puto!!!!!!!!!!!!!!!!!! ]
Você, que não tem coração alado, me jogou no fosso mais fundo, de um jeito profundo e pardo, deitada em teu nada encanado,
Refugiei-me para sempre, na alma fria, vazia e nua da melancolia perdida e vadia.
(Marcelina)